domingo, 31 de janeiro de 2021

Donald, o Golpista Mau Perdedor

 No último dia 6 de janeiro, data em que o Congresso estadunidense estava se preparando para reconhecer a vitória de Joe Biden, o inesperado mais esperado ocorreu. Após um discurso de elevar os ânimos, Donald Trump conseguiu convencer a turba de apoiadores, que marchou naqueles dias a Washington, a seguir para o Capitólio, ou seja, o Congresso do país. Lá, a mais devastadora cena da democracia dos Estados Unidos ocorreu, e ainda continua a ocorrer, com a invasão do Capitólio e a interrupção da ratificação dos resultados eleitorais.

Após uma tarde de confusão, foi decretado um toque de recolher e aos poucos, a turba furiosa foi para casa, enquanto o congresso voltava ao seu estado de normalidade, para o reconhecimento da chapa Biden-Harris como vencedora da eleição. O atual vice-presidente, Mike Pence, conduziu a sessão até o fim, enfurecido com a tentativa de autogolpe de Donald Trump. Michael e Donlad só se falariam de novo cerca de cinco dias antes do fim do governo.

A democracia estadunidense tremeu como nunca nas bases, após anos de alertas internos que clamavam que os grupos radicais eram a maior ameaça que o Estado daquele país enfrentaria nessa primeira metade do século XXI. Os Estados Unidos tem no seu nascimento já a história de diferentes pessoas querendo subverter os poderem constituintes para dar continuidade a um plano de poder, porém, felizmente, as grandes e boas guinadas dadas por aquele país foram feitas de maneira civilizada com os representantes do povo em discussões e votações, ainda que até o início do último século, muitas acabassem mortes, pancadaria e confusões dentro do Capitol Hill.

Nosso golpista mau perdedor foi-se, prometendo reencontrar em breve o cargo do país, deixando os mais furiosos membros das modernas seitas de teoria da conspiração em parafuso, pois era corrente um aviso que Joe Biden seria preso ao fazer o juramento, e depois no dia seguinte, ele continuou a ser o atual presidente dos Estados Unidos da América, um país que se há de ficar de olho sempre, mas dessa vez com as ameaças já esperadas.