segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Je suis Paris, Mariana, Líbano, Síria, Iraque, Fukushima, Boston, Osasco... Je suis le Mundo

Paris Assustada
O susto, o medo, a dor, a tristeza. Esses sentimentos rodearam o fim de semana de várias pessoas ao redor do mundo. Paris, a Cidade Luz, escureceu com uma série de atentados terroristas, provocados por membros do Estado Islâmico, a organização terrorista que vem causando apreensão no ocidente, por seus ataques covardes, frios, e sua necessidade de terras, e de conversão forçada das pessoas (sendo isso, inclusive considerado incorreto por Maomé), matando os opositores, e desrespeitando a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, num Terrorismo Fanático, que nada prega da religião que tantos e tantos no mundo mostram como realmente é o Islão.
Paris sangrou com mais de cem mortes, e vários feridos, tanto física, quanto emocionalmente, e várias homenagens foram feitas ao redor do globo, prestando a solidariedade e condolências.
Os ataques influenciaram também aos governos húngaro e polonês, que reforçaram a polêmica decisão do fechamento das fronteiras, para impedir a Onda Imigratória. Isso se deu após, ser encontrado um passaporte de um dos terroristas, que indicaria que ele passou pela Grécia no começo de Outubro, junto com famílias, homens, e mulheres, sem esperança de viver nas terras onde nasceram, e por isso correram para o Velho Continente. Com isso a aceitação dos refugiados piora, e grave.

Uma cidade apagada, porém o Mundo assumiu suas luzes


Filtros e Lama
Como os ocorridos impactaram duramente o Mundo, o Facebook resolveu disponibilizar um filtro para a foto de perfil, em homenagem a França. No Brasil, alguns usuários da rede começaram a se indignar com os que pintaram seus perfis com o Bleu, Blanc, Rouge, da bandeira francesa. Para justificar, falaram desde que seria modinha, quanto lembrando a Tragédia de Mariana, que ocorreu em cinco de novembro, uma das maiores catástrofes ambientais da história do país.
Foi o Rompimento das Barragens, que teve como causa a morte de 11 pessoas, e o desaparecimentos de mais 15 pessoas, a destruição de fauna e flora do distrito de Bento Rodrigues, e contaminação da água de rios da região, principalmente do Rio Doce, que abastece 230 municípios de Minias e do Espirito Santo, com rejeitos de minério de ferro, além de que, ambientalistas declararem ser praticamente certo a impossibilidade de se recuperar o Rio Doce.
O distrito, que vivia da mineração, foi sufocado e precisa de ajuda urgente, doação de água e alimentos não perecíveis, roupas, entre outros donativos para os desabrigados.

Casa afetada pelo Mar de Lama


Tragédias ao Redor do Globo
Apesar das implicâncias criadas nas redes, a mesma ajudou a aumentar a divulgação de postos de coletas de donativos para as vítimas, apesar de termos o coração grande o suficiente para nos preocuparmos com:
* Mariana, Minas e Espírito Santo, com a via humana em risco de diversas formas;
* Paris, sofrendo com a quebra da rotina, tomada pelo medo, e com a perda de várias pessoas;
* o Oriente Médio, e seus países em conflitos internos, e externos, assustadores, onde muitos exigem independência, outros liberdade de culto e expressão, com um fora nas dominações;
* a África, passando fome, guerras violentas, tribos brigando pelo poder, países com Sanguessugas no poder, que fazem o que em entender com seu povo faminto, analfabeto, doente;
* o México, assutado depois de Patrícia, que sofre também com os cartéis, que controlam violentamente cidades do interior e da fronteira com os EUA;
* o Extremo Oriente, afetado pela natureza, muitas vezes inconsciente do real poder dela, com tremores de terra e ondas gigantes;
* os locais que sofrem com violência corriqueira, como as periferias das grandes cidades, onde há disputas por poder e controle na venda de drogas, onde alguém pode morrer por ver o que não devia;
* E o Mundo todo, que sofre com a falta do homem de se por no lugar do próximo. Oremos.

Retirada deste link

sábado, 5 de setembro de 2015

A Criança e o Mundo

Imagem representativa, e menos impactante dentre as encontradas


Existe dor em todos os cantos do mundo.
Mas, ontem muitos cidadãos do lado ocidental do Mundo se deram conta, realmente, do que acontece no Mediterrâneo desde sempre, mas vem ganhando grande repercussão ultimamente: A chegada de Imigrantes em péssimas condições de vida.
Desde que o Mundo é Mundo que o homem se move, busca outro lugar para viver, e desde que o Mundo é Mundo existe o amor, a solidariedade, e a compaixão, assim como existem a desconfiança, o rancor, e o medo. E é ao último grupo de sentimentos que os governos europeus estão se agarrando para analisar a Onda Imigratória, com medo de que haja infiltrados do Estado Islâmico, Al-Qaeda, ou outro grupo terrorista, planejando fazer outro atentado, coisa bem vista nas falas recentes do premier húngaro Viktor Obran, declarando também que toda a Crise é um problema alemão, por causa da preferência dos imigrantes para ir àquela nação. O primeiro-ministro também enfatiza que a crise só começou, fato que Aguinaldo Silva, jornalista e autor de novelas, falou em seu blog, ressaltando rapidamente também o problema das embarcações utilizadas pelo imigrantes no Mediterrâneo.
Faz tempo que a Europa transformou-se numa barreira medrosa contra o Imigrante. As regras para pisar em solo Europeu são complicadíssimas, seja para passeio ou estabelecer uma vida no Velho Continente, e além disso grupos xenófobos atacam estrangeiros e seus descendentes, causando pânico nas minorias étnicas, mesmo que visitantes.
Mas a frieza da Europa (e do Mundo) ocidental foi um pouco amolecida pela cena que dominou a Internet nos últimos dias, a do menino sírio Aylan Kurdi, enterrado hoje na Síria, que virou símbolo da Crise Imigratória, causada pela perseguição extremista no Oriente Médio e partes da África, e pelas Guerras Civis, e Governos Ditatoriais. Só esse ano 34% dos imigrantes irregulares que chegaram a Europa por via marítima eram sírios, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, o ACNUR, outros números expressivos vem dos afegãos, eritreus, somalis, e nigerianos, cada nacionalidade enfrentando sérios problemas em sua terra natal, como mostrado em reportagem da Folha de São Paulo. Segundo o órgão da ONU, em 2014 o número de pessoas que se deslocou por causa de guerras e conflitos foi dramático: mais de 59 milhões de pessoas. A situação deu margem para que um poderoso empresário egípcio solicitasse aos governos grego e italiano a compra de pelo menos uma ilha para criar um país para os refugiados.
A Síria, e ultimamente a Nigéria, vem se destacando negativamente por causa dos radicais do Estado Islâmico e do Boko Haram, recém-aliados inclusive, que perseguem as minorias, seja elas religiosas, sexuais, políticas, e também combatem seus opositores com o mesmo "vigor".
Enquanto isso Aylan é o símbolo de vários imigrantes fugidos de suas casas, rotinas, e medos, buscando a paz, seja na Europa, ou outros locais; e a foto de seu frágil corpo na areia se eterniza, como tantas outras, para lembrar as futuras gerações, mais uma vez, os males das guerras e da opressão, da falta de assistência, e das negativas.
Ah, e não esqueçamos também das outras milhares de crianças, sobreviventes ou não, dessa travessia.