segunda-feira, 6 de junho de 2022

Brazil não conhece do Brasil, quiçá o Afeganistão, o Haiti, a Ucrânia e a Rússia...

 Na manhã de 15 de agosto, fomos acordados no hemisfério ocidental do planeta com as notícias de Afeganistão e Haiti. Um, que não conhece um dia de paz há cerca de quarenta anos, com guerras suplantando guerras. Outro que vive o caos social na forma da miséria, da fome, e das tensões políticas que rondam há quase um século.

Afeganistão e Haiti são exemplos de como o mundo não olha para o mundo, de como os países tem seus próprios interesses ao querer invadir ou pacificar outro, tendo que manobrar entre diversas variáveis geopolíticas para fazer valer suas vontades nacionais e internacionais.

Mais recente, Rússia e Ucrânia tiveram seu momento estranho e tenso, coma invasão da última pela vizinha nação transcontinental. O caos sucedido não foi impensável, afinal, os ucranianos resistem aos russos, que defendem uma desnazificação do país, alegada por conta do real batalhão de Azov. As batalhas entraram recentemente no centésimo triste dia. Refugiados de lá formam  a maior crise na questão desde a Segunda Guerra, no continente europeu, superando inclusive, os refugiados de outros invisíveis países na geografia de muitos, os do Oriente Médio e norte d'África.

Assim, muitos afegãos também correram para os países do primeiro e primeiríssimo mundo após a retomada do Talibã em agosto passado, que a cada mês, endurece as restrições para retomar, em algum ponto, totalmente a Sharia, lei islâmica para governos de territórios. São essas as questões que preocupam agentes humanitários ao redor do globo.

E o Haiti, continua em sua eterna crise, desprezado pela comunidade global em ampla maioria, e implorando um grito para além dos biscoitos de lama que diversos de seus cidadãos comem para matar a fome que por semanas ou meses não encontra alimento verdadeiro pela metade da ilha de Hispaniola.

sábado, 5 de março de 2022

A Guerra na Rússia

 A Rússia inicia uma invasão na última semana, e o caos se instala na Ucrânia, o país-alvo, com diversos civis se refugiando nos vizinhos ao oeste, indo primeiramente a Polônia, fronteira natural, e depois dispersando para outros lugares europeus.

O fato é que nesse cenário tentam arranjar um culpado para chamar de seu, e as diferentes teorias das relações internacionais, permitem as diferentes análises entre os especialistas, mas há pontos óbvios que todos juntam as mãos e concordam: a autocracia de Putin, a surpreendente liderança de Zelenskyy, os (dessa vez) corretos avisos de Biden sobre invasão, e seus esforços em conjunto com a União Europeia para realizar sanções a Rússia.

Enquanto os poderosos guerreiam, ou tentam evitar que o conflito sofra uma escalada monumental e se expanda, o povo sofre, numa nação que já vivenciou o maior acidente nuclear do século XX, em Chernobyl, além de estar lidando com os separatistas da região de Donbass (Donetsk e Luhansk) desde 2014, no que muito classificam como uma guerra civil, um grande ensaio para esse cenário de 2022. O povo ucraniano e o russo sofrem, tal qual os ajudantes poloneses. As filas dos refugiados aumentam a cada dia, e russos são presos por protestar em São Petersburgo e Moscou. Kiev resiste a sua queda, e Lviv tenta emular quase-normalidade, afinal, os conflitos nem apareçaram por ali, tirando alguns bombardeios aéreos ao longe da cidade.

Putin brinca de guerra, premeditada há anos desde antes da Criméia, desejada por conta da ideia de Grande Rússia, a união dos povos eslavos derivados do Rus de Kiev, conclamado como a origem dos dois países e de Belarus também. É de seu desejo o retono há uma grande nação, expressado pelo nome de seu partido, o Rússia Unida, e pelos seus gestos, em busca de manter russo todo aquele que se considera russo, num aceno ao czarismo e a grandiosidade do antigo Império, além da extensão soviética. Não deixa a Ucrânia se aproximar daqueles que, como país independente que é, deseja manter relações. Nosso autocrata conservador, no entanto, acredito que, com certeza, seria mais rápido em seus desejos.


O embate vai durar mais entre Zelensky e Putin
Reprodução: Ian LANGSDON / POOL / AFP


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Elza Deusa Soares

 Acendeste no peito de muitos a inspiração, Elza. Grande mulher do nosso país, do nosso planeta fome.

Há Elza, a Mocidade fez lindo ao te dar tua apoteose antes destes tempos loucos que vivemos. A Sapucaí bem fez em te aplaudir. Os ingleses sábios te chamaram de voz do milênio, quando da virada do mesmo. A abertura das Olimpíadas mais cariocas impossíveis precisava daquele momento teu. Garrinhca bem te amou, ainda que não perfeitamente, afinal, vocês foram feitos um para o outro.

Acendeste no peito de muitos a inspiração, Elza. Grande mulher do nosso país, do nosso planeta fome.

Gritos foram ouvidos, de todos os cantos do país, e do mundo, por meio de sua música, de sua fala, seus discursos. Ah, Elza, o quanto fomos felizes por lhe dar flores em vida, por sua trajetória, por tanto em tão pouco tempo, apesar do seu quase-século de vida, luta, história e resistência.

Acendeste no peito de muitos a inspiração, Elza. Grande mulher do nosso país, do nosso planeta fome.

Obrigado, por tudo!