segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Não há lugar como o nosso lar!

Acordei cedo, bem cedo mesmo, afinal, eu tinha que estar na sala as oito, mesmo que, de todos os meus professores, a mais pontual era a que chegava as sete.
De pé peguei o ônibus menos cheio, mas que fazia o trajeto mais longo. Daqui a no mínimo uma hora estaria descendo e depois mais uns quinze ou vinte minutos de caminhada até o campus, pra aí mais uns cinco até a sala.

Percorremos, eu e o ônibus, a longa Marechal Rondon, passando por seus bairros: Engenho Novo, Sampaio, Riachuelo, Rocha e São Francisco Xavier. A UERJ barrava o sol nascente de bater no meu rosto. Obrigado UERJ por todas as manhãs que você fez e ainda fará isso.
Chegando na Tijuca, relembrei várias vezes minha visita ao CMRJ, e como o CPII daquele bairro em nada era comparado ao do Engenho Novo, além de sempre passar desejoso pela Igreja de São Francisco Xavier (do Engenho Velho, diga-se de passagem, antigo nome da Tijuca e algumas adjacências) com a vontade recém-feita de entrar naquele templo. Curvando para a esquerda, o ônibus passava em frente a outro campus da minha bela Universidade, para então, passar pelo América, um clube que, esse sim, deveríamos fazer grande outra vez, cuja sede já foi palco de eventos e eventos de animes e cultura pop.

Chegava nas redondezas do ISERJ, e logo podia encarar a Praça da Bandeira, e então o viaduto, e o medo de ter pego o serviço variante da linha, que vai pelo Túnel Rebouças, e me deixaria longe de onde eu devo saltar. Medo superado, encaro a prefeitura, a estação do metro da Cidade Nova, outros prédios gigantes e em teoria saúdo o sambódromo, a passarela do samba, onde me relembro de tanta coisa que aprendi ali, e usei em trabalhos escolares e na vida, por que não?
Paramos na Central por longos 10 minutos, contados no seu relógio bigbensticamente carioca, pois assim pede o fiscal que guarda aquele ponto. Sorte que hoje não levantei atrasado, senão já estaria batendo o pé, e se alguém estivesse ao meu lado, ficaria mais espantado comigo, que já apresento cara de poucos amigos, mesmo sorrindo todas as manhãs. O mau humor não me acompanha na ida nem na volta das aulas.

Seguindo pela Presidente Vargas viramos na Avenida Passos, lugar onde alguns creem e reafirmam que Tiradentes teria sido enforcado, e não na praça ao final da mesma avenida, que leva o nome do Mártir da Independência, de onde observo a Catedral Presbiteriana do Rio e a Catedral Metropolitana do Rio, antes de embrenharmos-nos na Rua da Carioca em mão invertida por Dudu, chegando no Largo que leva o mesmo nome, e abriga o Convento de Santo Antônio.
Depois de tudo isso, passamos por mais e mais centro até desafogarmos no belo e calmo Aterro do Flamengo. Encarando o Monumento aos Pracinhas, os soldados brasileiros que lutaram na Segunda Guerra, e a Praça Paris, local onde algumas vezes fui brincar, passando por áreas e mas áreas de verde e verde, com quadras, brinquedos, e ao fundo a praia do Flamengo. Encarando os prédios de Glória, Catete e do bairro que nomeia esse grande parque. E finalmente encaro o grandioso Pão de Açúcar com o morro da Urca grudado ao seu lado.

Mais algum tempo e salto, atravesso e passando pelo Rio Sul, me entro na Lauro Miller de prédios iguais, mas ao mesmo tempo diferentes, para chegar logo na Pasteur, no Benjamin Constant e pelo Museu de Ciências da Terra, cujos animais eu sempre quis subir em cima, e em mais alguns minutos me ver entrar na Unirio, para mais um dia, mais pessoas com quem vou construir uma relação boa, espero eu, ao longo de, espero eu também, quatro anos. E vamos aula!

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