Foi o que aconteceu ontem no primeiríssimo debate carioca televisivo.
Todos os candidatos oposição a Eduardo Paes-Rodrigo Maia,Aspásia Camargo,Otávio Leite e Marcelo Freixo-o atacaram em algum momento,seja falando do lixo e da coleta (Aspásia) ou da saúde (Rodrigo,Freixo e Leite).
Nessa noite,duas frases ficaram muito faladas:"No dia 1º de Janeiro..." e "Na minha gestão/nossa gestão..."
Maia reclamava de Paes por ter desfeito coisas importantes que seu pai,ex-prefeito,tinha feito.
Otávio esbanjava propostas,principalmente para a saúde e educação.
Aspásia falava do sustentável e muito.
Freixo criticava,concordava,opinava e falava a verdade do seu ponto de vista,o que encantou gente.
Eduardo exaltava sua gestão e respondia quebrados as perguntas reais-o que ocorreu com todos os candidatos em pelo menos uma pergunta.
No fim,foi apenas o início.Virão outros debates e a tv,sem contar as eternas redes sociais...
Aí me pergunto:Paes já ganhou ou teremos segundo turno?
Resumo do debate (retirado do site:www.sidneyrezende.com,editoria Rio+):
Saúde
Otávio Leite falou sobre proposta de integrar as seis faculdades de medicina dentro da rede pública e criação de faculdade na Zona Oeste. O candidato Rodrigo Maia afirmou que pretende abrir concurso público para médicos no dia 1º de janeiro e falou sobre dados negativos atuais da saúde do Rio. Ao responder pergunta do infectologista Edmilson Migowski sobre a falta de pediatra na saúde, Marcelo Freixo falou que a falta de profissionais da especialidade é nacional. Freixo ainda criticou o fato de as UPAs estarem nas mãos da rede privada e não mais do poder público. Candidato afirmou que saúde pública do Rio é a pior do Brasil porque não houve investimentos. Já Aspásia Camargo criticou o excesso de hospitais no Rio com serviços de menos.
Educação
Enquanto o atual prefeito Eduardo Paes não deu importância à baixa nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), Marcelo Freixo o rebateu. O candidato do PSOL falou que Paes "conhece muito pouco a rede escolar" e afirmou que 3,6 é uma nota "péssima" para o Rio de Janeiro. Freixo ainda disse sobre a necessidade de investimento em plano de cargos e salários para profissionais da educação e criticou o atual salário de R$ 1.100 para professores que estão começando. O candidato Rodrigo Maia falou sobre o plano de ampliar horário da creche, para que os pais possam buscar seus filhos. Otávio Leite falou sobre sua proposta de dois professores em cada classe de alfabetização, o que foi criticado por Paes, que afirmou que não tem como adotar isso.
Publicidade
Rodrigo Maia e Marcelo Freixo falaram sobre os altos gastos com publicidade do atual prefeito. Para Freixo, a verba que chega a R$ 90 milhões pode ser utilizada para solucionar problemas como a coleta seletiva, combate à dengue e enfrentamento da tuberculose. Rodrigo Maia afirmou que o dinheiro pode ser usado para valorizar os servidores públicos.
Cultura
Para Otávio Leite, o Rio tem dinâmica cultural própria e poder público precisa fortalecer a área. Candidato acha necessária instalação de escolas de música, teatro e literatura. Ele ainda pretende criar um centro cultural popular na Zona Oeste da cidade. Tanto ele quanto Marcelo Freixo querem atrelar cultura à educação. Para Freixo, escolas precisam ser referências em espaço de cultura. Proposta dele ainda é restaurar espaços culturais nos bairros.
Coleta seletiva
Para Aspásia Camargo, a Comlurb precisaria mudar filosofia e repensar funções. Para a candidata, a poda de árvores, por exemplo, poderia deixar de ser trabalho da companhia. Segundo candidata, reciclagem é problema que exige mais ousadia. Para Otávio Leite, catadores precisam se organizar e se tornar microempreendedores.
Transporte
Marcelo Freixo criticou o transporte público da cidade, disse que a solução seria investimento no transporte sobre trilhos (Metrô e Trem) e questionou o atual prefeito sobre o baixo investimento na construção da linha 4 do Metrô. Paes disse que fez muito pelo transporte do Rio, exaltou o BRT e que pretende dar continuidade ao programa. Rodrigo Maia também defendeu a construção de uma nova linha no Metrô, criticou o BRT e disse que se for eleito vai reduzir o valor da passagem de ônibus de 2,75 para 2,50.
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