quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Cortinas de Fumaça

 O presidente, sabemos todos, ama usar o artifício de atrair a atenção para algo que não tem tanta importância, quando algo que o envolve, ou a sua família, desponta, ou vai despontar, nos jornais brasileiros. Javier sabe muito bem que do 01 ao (agora) 04, qualquer passo em falso, é alarmado pela mídia tradicional, enquanto seu filão de assessoria presidencial não-oficial corre solto ao vento, lutando contra as mais doidas teorias da conspiração e reciclagem de fatos passados.
As cortinas de fumaça, como falamos, são essas artimanhas que ele ama utilizar para tirar a atenção de algo que tenha alguma relevância para a população ou para sua família. Assim é com as falas de ministros e ex-ministros como Ricardo Salles, Damares Alves, Abraham Weintraub, Eduardo Pazuello, até momentos em que nega veementemente que nunca disse algo que está registrado que ele falou.
Birolordes se consolidou em distrair a população que o segue, encantada, dos focos reais, especialmente nesse tempo pandêmico em que vivemos. É assustador, mas resistimos bravamente a tentativas de atraso a vacinação, empanturramento de cloroquinas, ivermeticinas, e similares, e ao descaso aos falecidos e doentes em risco. Isso tudo precisa ser sublimado, na visão bolsonariana, para que o presidente saia sempre como o herói que não é.
A vida, para Javier é seu joguete, e para nós é o desafio que termos. Quando tudo acabar, que possamos tirar o extremismo da cadeira presidencial, mas para isso precisamos limpar o caminho dos postes colocados pelo atual mandatário da nação, a qual desgoverna sem a menor cerimônia. É preciso dissipar as cortinas de fumaça, as tentativas de gaslighting, e se atentar com os apitos para cachorros jogados a cada manifestação presidencial.

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